quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sobre Não-Ser



Hoje me peguei pensando nisso: sobre o não-ser. É muito mais fácil não ser do quer ser. E ainda existe a dificuldade de Ser (com S maiúsculo). Todos dizem eu não sou isso, não sou aquilo, principalmente se isso ou aquilo forem características que não sejam tão legais. Mas, quem tem coragem de Ser realmente?

Um autor inglês chamado Willian Shakespeare imortalizou uma frase: "To be or not to be, that is the question. " (Trauzindo: Ser ou não ser, esta é a questão). Esse homem realmente é um sábio. A questão resume-se simplesmente nisso: ser ou não-ser.

Em uma sociedade onde tantos são, mas poucos São (veja o S maiúsculo), não-ser talvez seja realmente a escolha preferida de outros tantos, mas não menos poucos.

O não-ser não tem compromisso, responsabilidade, melhor de tudo, não tem agenda. Não-ser não não ocupa lugar no espaço.

Mas o não-ser não é só flores. Existe uma negação, uma inexistência desesperada, uma voz calada, silenciada, presa. Uma voz que quase ninguém escuta, mas que grita no âmago do silêncio, louca desarvorada, transcrita em gestos ou na falta destes.

O não-ser também pode virar Não-Ser (vejam as maiúsculas), existem os Não-Seres que se fazem notar, e esses incomodam demais. No ínfimo da insignificância em que vivem, esses Não-Seres, eles são capazes de mudar tudo de uma forma tão furtiva e dissimulada que os seres julgam e assumem que foram os autores das mudanças. Pobres seres escravos de suas próprias vaidades.

É, nesse mundo ninguém tá aqui de graça, nem de passagem. Shakespeare se foi, mas seu "to be or not to be", permanecem intrigando muta gente, até a aqueles que fazem de sua existência um não-ser.

No fim, entre o zero e o nada, a escolha é a mesma, já que o 10 e o tudo são impossíveis.


"Existem pessoas que tem dois olhos e não veêm um palmo à frente de seus olhos, e existem cegos que enxergam longe."

terça-feira, 26 de abril de 2011

Uma noite fantástica !

Hoje quando saí para caminhar por volta das 19:30 horas me deparei com mais uma noite fantástica na cidade de Cuité. A cidade estava coberta por uma densa cerração ou névoa, como queiram chamar.
As luzes da cidade juntamente com a névoa davam um ar de romantismo à noite, uma sensação de como diz Djavan: Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro. A noite perfeita.
O cheiro de terra molhada, o aroma dos eucaliptos, a névoa.
Lembrei-me instantaneamente da minha viagem a Gramado há mais ou menos um ano. Em um dos dias acordei e os hóspedes do hotel onde eu estava, estavam todos alvoroçados. A cidade estava coberta por uma densa névoa. Igualzinho como estava hoje à noite aqui em Cuité.
Hoje, à noite, nas ruas de Cuité poucas pessoas. Se fosse em Gramado, estava todo mundo na rua, admirado. As pessoas vão pra lá pra isso. E nós aqui não damos a menor importância.
Não são apenas os turistas que se admiram lá em Gramado. Os moradores saem as portas de casa, eles também recebem a beleza que a Natureza lhes oferece.
Aqui em Cuité, enquanto caminhava pelas ruas quase desertas, me bateu uma certa nostalgia.
Por que será que nós Cuiteenses não damos valor ao que temos?
Mesmo assim, para quem saiu nesse horário, viu um espetáculo da Natureza que é pra poucos.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

No escurinho do cinema...

Ontem fui ao cinema (é, cinema sim) aqui em Cuité. Confesso que fui mais pela questão de ir mesmo do que pelo filme que estava sendo apresentado (Harry Potter 7 - Parte I). Fui para reviver a magia do cinema em si. As imagens grandes, o som alto, o cheiro e barulho da pipoca, que diga-se de passagem é único - a gente pode até fazer pipoca em casa, mas nunca fica com o mesmo sabor. Me espantou a quantidade de adolescentes que estiveram lá, acho até que as pessoas mais "idosas" do cinema eram eu e meu amigo. Mesmo em uma época onde as televisões domésticas ficam cada vez maiores, os aparelhos de home-teather já são acessíveis a todos, o velho e bom cinema ainda encanta. Assistir um filme em um ambiente de cinema é uma experiência única. Não tem televisão 3D nem som 7.1 que substituam esse clima. Talvez seja por isso que o velho e bom cinema resista às novas tecnologias domésticas de reprodução de filmes. Mas falava dos adolescentes e dizia que me impressionou a quantidade de jovens que lá estavam. Eram jovens que tem acesso a outras mídias mas que saíram de casa, em um domingo à noite, para ir ao CINEMA. Blu-rays, dvds, HDTV, Play 3, tudo substituído pela magia de passar mais de duas horas vendo Harry 7. O velho cinema, em Cuité diga-se de passagem velho mesmo (O Cine Atlas) hoje Teatro Municipal, ainda tem seu charme. Vi casais de namorados, paqueras, celulares nervosos em troca de mensagens, todo o frenesi que a 7ª Arte proporciona a nós cinéfilos de plantão. Valeu a pena, por tudo, pelo resgate do cinema, pela nostalgia, e até por Harry 7.

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